terça-feira, novembro 23, 2004
Eu sei....
pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo.
No vento que lança areia nos vidros,
na água que canta no fogo mortiço,
no calor do leito dos bancos vazios,
dentro do meu peito estás sempre comigo.
Estes versos de David Mourão Ferreira circulam no meu coração arredondado por não te ter ao meu lado. Eu sei que nem chegaste a partir, que tudo o que contigo vi mais belo que nunca, continua dentro de mim. Que encontrou uma nova forma de viver cada dia não lembrando dias felizes que o tempo quente imortalizou, mas antes vivendo a simplicidade de te ver no vapor que o frio mostra numa manhã deste Inverno lisboeta.. Acompanhas-me a cada momento, a cada acto, a cada palavra, a cada silêncio desta nossa cumplicidade. Já te disse que às vezes é preciso estar no escuro para ver mais claro, e nesta escuridão da tua presença física que te vejo a pureza e sinceridade da tua beleza. Vejo-te e vejo-me a mim. Amar-te assim tanto só pode ser pouco para te mostrar como me fazes ver o encanto de cada pedra de uma calçada de pisamos de mãos dadas…
Eu sei meu amor que há distâncias que só podem ser físicas.....
segunda-feira, novembro 22, 2004
Foi o Abrunhosa mas podia ter sido eu....
Onde tu fores, eu vou
Se tu quiseres Assim,
Meu corpo é o teu mundo,
Um beijo um segundo,
És parte de mim.
Para onde olhares
Eu corro,
Se me faltares Eu morro
Quando vieres,Distante
Solto as amarras,
E tocam guitarras por ti como dantes.
Agarra-me esta noite,
Sente tempo que eu perdi,
Agarra-me esta noite,
Que amanhã não estou aqui.
sexta-feira, novembro 19, 2004
sábado, novembro 13, 2004
A Noite II
Tenho o meu olhar preso nas chamas lentas que por agora se ocupam das últimas brasas e parto para o teu lado. O calor que a tua presença me transmite é muita mais intenso e profundo que o do lume, vem carregado de sentimentos bons que servem ainda mais para aquecer a minha alma e me deixam completamente envolvido pelo teu amor. Sinto-me mais perto das coisas boas que o mundo tem para nos oferecer.
Olho mais uma vez para o lume e como em tudo o resto que vejo um pouco de ti, vejo a tua imagem perfeita e a chama de vida que os teu olhos lançam em tudo o que fazes. Vejo isso tudo e tudo isso é tão pouco para dizer que te amo.
quarta-feira, novembro 10, 2004
Vento
O vento que assobia nas janelas deste quarto que tendo sido nosso no passado não o deixa de ser no presente só porque a geografia da Europa assim o entendeu, dá-me uma vontade enorme de te agarrar. De te agarrar como se agarram as árvores ao chão, quando as rajadas mais fortes as tentam levar para outro sítio que não é o delas. Como eu não tenho lar a não ser nos teus braços, apetece-me agarrar-te, com força e dizer que a força do tornado que é a vida pode levar-nos para sítios diferentes, mas nunca afastar-me desse pedaço de utopia que és tu..